quarta-feira, 6 de setembro de 2017

PROJETO CURUPIRA

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PROJETO CURUPIRA - Formação de Público infanto-juvenil
por Claudia Venturi

Demos a partida ao nosso tão planejado Projeto Curupira! Neste momento queremos apresentar para vocês a nossa proposta na íntegra e convidar crianças, adolescente e adultos para participar de nossas atividades que serão divulgadas periodicamente em nossas páginas e redes sociais e já se encontram na aba "Programação" deste blog.

As inscrições já estão abertas! Informe-se pelo nosso e-mail circuloartisticoteodora@hotmail.com, ou pelo telefone (48)99113-1002

Apresentação
Através de atividades socioculturais nas linguagens Teatro, Narração de Histórias, Cinema e Artes Plásticas, trabalhadas a partir da “perspectiva triangular”[1], o Projeto Curupira busca a sensibilização para o desenvolvimento de princípios éticos, a tolerância e a construção da nossa identidade cultural.
Trata-se de um projeto que tem como objetivo a formação de um público consciente e com capacidade e responsabilidade para pensar, avaliar e consumir cultura.
O projeto foi concebido e elaborado em conjunto, por todos os integrantes do grupo, relacionados no final deste artigo.

Justificativa
A globalização, a vida corrida e o excesso de informação fornecida principalmente pela internet têm feito com que as pessoas tenham se isolado cada vez mais, convivendo menos, interagindo menos. Consequentemente as pessoas têm aumentado os seus preconceitos e reduzido o nível de aceitação criando uma falsa ideia de autossuficiência e perdendo a identidade familiar, social e cultural. Diretamente relacionado a esse processo de isolamento e dês-socialização contemporâneos, ocorre uma evasão das atividades socioculturais, aquelas que promovem o encontro com a diversidade, com o próximo, a possibilidade de debate com pessoas que possam pensar de modo diferente.
Curupira é um personagem da mitologia dos guaranis, habitantes originais do litoral catarinense. Sua função é proteger a natureza, cuidando dos animais além de ajudar na germinação, crescimento, maturação e conservação das plantas. O perfil do personagem, que já é um “membro“ do Círculo, na figura de uma marionete que já participou de outros momentos da nossa vida artística, nos traz inspiração para este projeto de “resgate” da cultura do nosso estado, como o plantio de uma semente que, ao longo dos meses de sua realização, poderá proporcionar os frutos da integração, inclusão cultural e fortalecimento de identidade.
Nós do Círculo Artístico Teodora acreditamos que a cultura oferece a possibilidade para o encontro, fortalecendo os vínculos sociais, buscando a aceitação das diferenças, fomentando a troca de ideias, incentivando a busca por uma identidade perdida e aumentando o sentimento de pertença entre a população. Além disso, investimos na formação cultural das crianças e adolescentes, como a possibilidade de incentivar a formação de um público consciente, participativo e aberto para novas experiências, conhecimentos e para reagirem positivamente a diversidade da sociedade em que vivem e se posicionarem frente a enxurrada de informação recebida, com capacidade crítica para escolher e selecionar o que irá consumir, em todos os âmbitos.
Para auxiliar na abordagem sobre a identidade cultural, o grupo trabalhará diretamente com a comunidade tradicional pesqueira do bairro e com base no calendário açoriano – responsável pela colonização de todo o litoral catarinense, partindo da vivência cotidiana dos participantes e utilizando-a como matéria prima para as oficinas e narrativas desenvolvidas O grupo ainda propõe um momento de bate-papo após cada atividade, incentivando, desse modo, a troca de opiniões/informações e desenvolvendo a capacidade crítica e argumentativa do público participante, promovendo ainda uma compreensão geral das festividades, além da corrente visão comercial, normalmente difundida entre a população.
Para integrar as atividades culturais à comunidade tradicional de pescadores, convidamos o Sr. Getúlio Inácio para realizar rodas de bate-papo sobre “histórias de pescador”, que servirão de ponto de partida para algumas de nossas atividades. Tais bate-papos, assim como algumas apresentações de narrativas e oficinas serão realizadas no próprio rancho de pesca de Seu Getúlio, já conhecido ponto cultural no bairro do Campeche, visando a distribuição da cultura em diversos pontos do bairro, facilitando o acesso da população às nossas atividades. Escolas públicas da região também participarão como parceiras desse projeto, intercalando as atividades em todos os locais participantes – Círculo Artístico Teodora, Rancho de Pesca, Escola pública e SEOVE (Sociedade Espírita Obreiros da Vida Eterna – que possui reconhecido trabalho no bairro, atendendo crianças e idosos).
Cada atividade contará com o ministrante/artista, mais pelo menos um apoio técnico que será responsável por atender alunos/público que cheguem atrasados ou precisem sair mais cedo, ser a referência e o contato com a família, abrir e fechar o espaço, preparar o lanche (se for o caso), providenciar para que o banheiro esteja limpo e com papel, atender telefone durante a atividade e demais eventualidades que possam ocorrer.

Estrutura:
Duração prevista de 5 meses:

Margarida Baird em "Contos que a Vovó Conta"
Foto Silvia Venturi






Apresentação de Narrações Orais (Margarida Baird, Sérgio Bello, Cristina Lopes, infantil ou infanto juvenil – 1 vez ao mês  – itinerante (Círculo Artístico Teodora, escola pública do bairro)










Cristina Magdaleno Lopes em
 "Mil Horas Contando Histórias"





Apresentação de Espetáculo Teatral La Bella Polenta - apenas uma apresentação, substituirá a narrativa em um dos meses do projeto. Apresentação na sede do Círculo Artístico Teodora.














Sessão de Cinema Infantil - CineClube Teodora, 2016
Foto Silvia Venturi

CineClube infantil – 1 vez ao mês (3º sábado do mês), dando continuidade as atividades iniciadas em 2016, que nesse ano foram em parceria com a Mostra de Cinema Infantil.


Claudia Venturi em "La Bella Polenta"




Oficina de Teatro turma para Adolescentes e turma para adultos (ministrante Claudia Venturi) - 2 vezes ao mês (quinzenal, intercalada com a de narrativas), com 3 horas de duração cada encontro. Propõe apresentação de cenas no final do percurso.
As oficinas acontecerão nos sábados, das 9 às 12h será a turma adulta e das 13 às 16h a turma para adolescentes. As aulas iniciam no dia 30 de setembro.











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Sérgio Bello

Oficina de narrativas para turma para Adolescentes e turma para adultos (Sérgio e Cristina) - 2 vezes ao mês (quinzenal, intercalada com a de teatro), com 3 horas de duração cada encontro. Propõe apresentação de cenas no final do percurso.
As oficinas acontecerão nos sábados, das 9 às 12h será a turma adulta e das 13 às 16h a turma para adolescentes. As aulas iniciam no dia 23 de setembro.









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Oficinas de Cinema – Linguagens da Cena (Paulo Wolf) - Fotografia de celular e vídeo de celular; duas oficinas, que serão repetidas de forma alterada em locais e datas diferentes (Círculo Artístico Teodora, Eeb Januária Teixeira da Rocha), com vagas limitadas em cada encontro – totalizando 4 encontros independentes de 4 horas cada, uma por mês. A primeira oficina ministrada será a de Fotografia com o celular, e acontecerá no dia 28 de setembro.




Oficina complementar - Artes visuais para adolescentes (Agustina) – utilitários e bonecos – uma oficina com 4 horas de duração que acontecerá em um dos meses do projeto. Está prevista para o mês de dezembro, podendo sofrer alteração durante o processo.

Cronograma – duração 4 meses (setembro a dezembro), respeitando o período de férias escolares.

Local de realização do projeto
As atividades serão realizadas de forma itinerante, sendo que a base será a sede da Associação Círculo Artístico Teodora, na Servidão do Cravo Branco, 236 – no Campeche, que é a proponente deste projeto, junto à Eeb Januária Teixeira da Rocha, onde também serão realizadas atividades. Contamos também com o apoio da Associação Recreativa Cultural e Ecológica ONODÍ, o Mercado Dezimas, a Mostra de Cinema Infantil.
O projeto é realizado com apoio da Fundação Catarinense de Cultura, Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte do Estado de Santa Catarina, da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural, do Ministério da Cultura e do Governo Federal.

Profissionais envolvidos no Projeto:

Claudia Venturi (Presidente do Círculo Artístico Teodora, atriz, professora de teatro e organizadora do projeto);
Cristina Magdaleno Lopes (Diretora do Círculo Artístico Teodora, atriz bonequeira e narradora oral e assistente de oficinas);
Margarida Baird (Secretária do Círculo Artístico Teodora, atriz e narradora oral);
Paulo H Wolf (Tesoureiro do Círculo Artístico Teodora, Diretor gráfico e assistente);
Sérgio C. Bello (Diretor do Círculo Artístico Teodora, narrador oral e professor);
Agustina Martinez (professora convidada).


Esperamos a sua inscrição e presença em nossas atividades!




[1] A Proposta Triangular de Ana Mae Barbosa é hoje a principal referência do ensino da arte no Brasil. Essa proposta procura englobar vários pontos de esino/aprendizagem ao mesmo tempo, entre os principais estão: leitura da imagem, objeto ou campo de sentido da arte (análise, interpretação e julgamento), contextualização e prática artística (o fazer).

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